Trabalhadores de Diadema sairão pela manhã das fábricas e se juntarão a outros operários
Governo quer aumentar a idade mínima para aposentar, entre outras restrições, por meio da reforma. Foto: Andris Bovo
Os metalúrgicos da Região irão realizar nesta terça-feira (07/03) manifestação em Diadema contra a proposta do governo Michel Temer de Reforma da Previdência. A proposta está em tramitação no Congresso Nacional por meio da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 287/2016.
Participarão do ato os trabalhadores das empresas metalúrgicas da cidade, além de grupos de trabalhadores das fábricas de São Bernardo.
Os trabalhadores de Diadema, divididos em três grupos, sairão em passeata de suas fábricas por volta das 6h30, com previsão de chegada às 8h no local de encontro da manifestação, que será em frente à empresa IGP Latarias Automotivas. Seguirão de lá em caminhada pela região. Estarão presentes lideranças sindicais da região e da CUT (Central Única dos Trabalhadores) além de dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
A reforma pretendida pelo governo torna necessário atingir a idade mínima de 65 anos e ter pelo menos 25 anos de contribuição para se aposentar pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) com o recebimento de 76% do valor contribuído. Se aprovada ainda a proposta, será preciso contribuir por 49 anos para receber o valor integral.
Comitê regional
Como parte da agenda de resistência e enfrentamento em relação à proposta, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e os demais sindicatos ligados à CUT na Região fizeram na segunda-feira (06/03) o lançamento do Comitê Regional contra a Reforma da Previdência. O evento ocorreu na sede do Sindicato dos Químicos, em Santo André, e contou com a presença do ex-ministro da Previdência Social Carlos Gabas e dos deputados federais Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Vicentinho (PT-SP) que debateram o tema.
O secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, destacou que o objetivo do comitê é unificar as ações de mobilização das entidades no sentido de conscientizar a classe trabalhadora da região sobre as mudanças na Previdência. “Será importante ampliar o alcance de nossas atividades e unificar nossa luta e discurso para o enfretamento a esta reforma injusta e cruel”, afirmou.
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