A todos as pessoas que de alguma forma estiveram presentes em minha vida durante este ano, aquelas que infelizmente se foram e as que certamente virão.
Em diversos momentos é possível que tenhamos nos encontrado em ocasiões que permitiram que eu fosse observado em posição de enfretamento e propositura nos espaços de lutas, deliberação e reivindicações da minha categoria profissional (Agentes Comunitários de Saúde) e, em tantas outras vezes em que minha atuação transladou os limites da específica categoria a fim de contribuir com demandas da classe trabalhadora, da minha cidade (Santo André), do meu estado (SP), do meu País, e da sociedade em um campo de mínima capacidade de transformação, assumindo a responsabilidade de cumprir com alguns deveres elementares e essenciais para qualificação daquilo que nominamos cidadania.
Foi um ano de muito proveito, muitas conquistas, mas também de muitas dificuldades. Isso nos faz refletir sobre o quanto somos capazes e o quanto precisamos estar juntos nos ajudando a entender sobre os históricos conflitos de poderes, relações culturais, aspectos econômicos, sociais e humanos que fundamentam nossa realidade, para depois alimentar ainda mais a consistência nas ações que nos propomos fazer para alcançar as transformações necessárias para continuarmos construindo uma sociedade mais igualitária, de paz, solidariedade e justiça.
No momento, quero expressar os profundos agradecimentos a minha maravilhosa família, meus amigos (as), a todas as pessoas que dividiram comigo o imenso desejo de mudar, em especial aqueles que estiveram presentes nas ações do dia a dia usufruindo da poderosa sensação de se banhar com a energia do espírito da militância e da coletividade.
Neste sentido, não poderia deixar de reafirmar o meu posicionamento, de forma que, o nosso compromisso sempre será pautado no companheirismo e no idealismo. A disposição de lutar nunca será verdadeira e suficientemente forte para transformar se não enraizada em princípios. Assim, embora o sistema capitalista, feroz, explorador e injusto esteja sempre nos manipulando na tentativa de desenvolver comportamentos individualistas que, a meu ver, emerge da quase necessidade de sobrevivência. Porém, se nos entregarmos para viver sozinho, acabaremos todos mortos.
A disputa que enxergo em nosso caminho, não afronta a consideração da privacidade, dos direitos individuais, das especificidades e do respeito ao corporativismo sadio, no entanto, chamo a atenção para a imprescindível identificação “correta” das razões que nos distanciam de nossos direitos, provocando desigualdade social, econômica, de gênero, raça, etnia e ou qualquer forma de preconceito e agressão a vida. “Não acredito em justiça e igualdade em uma nação onde as diferenças são mais fortes que a liberdade”, democracia, direitos humanos e a própria vida.
“O desafio maior é: Classe trabalhadora X Classe dominante”
Nos últimos anos o Brasil deu uma grande arrancada rumo à consolidação de uma nação onde o caminho inverte a realidade histórica do próprio país. Os Governos Lula e Dilma, é o mais bem sucedido projeto elaborado, controlado e operado pela classe trabalhadora do Brasil e talvez do mundo, depois desta conquista ficou muito evidente que só é possível a sonhada transformação se o país for governado pelo povo, assumindo o compromisso com a democracia, erradicação da miséria, distribuição de renda, geração de empregos, combate a corrupção, indução e controle do governo no desenvolvimento econômico do país e a elaboração de políticas públicas visando à igualdade de oportunidades para todos os brasileiros.
Em 2012, iremos enfrentar grandes desafios, sejam nas questões específicas de cada setor, categorias profissionais etc. seja nas mais gerais. Talvez as eleições municipais sejam o momento mais expressivo, pois todos terão a oportunidade de contribuir em todos os municípios de nosso país.
A observação dos projetos políticos que pleiteiam os governos municipais é o melhor caminho para a escolha correta de nossa representação, assim é indiscutivelmente importante que possamos identificar a origem de tais projetos, talvez muito mais que sua qualidade, pois nunca esqueçamos. A nossa disputa é entre as classes e não entre as pessoas.
“No individual fica o desafio, temos o dever de sermos cada vez melhores, tudo que vivemos em 2011 é uma fonte de inspiração e aprendizagem, a alma é à base de tudo, o amor é o alimento da alma e, a coragem de lutar e viver vem da força de uma alma bem alimentada”.
“O poder de um povo que vive, sonha e ama, não pode ser mensurado”...
Desejo a todos um ano de muita paz, amor, saúde e muita energia para continuarmos lutando e sonhando. Feliz 2012.
Fabio Bandeira
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