"A partir da humilde receptividade ao carinho de todos, cresço e me torno o maior possível homem, por fim, me nivelo aos mesmos carinhosos, por sermos grandes iguais” (Fabio Bandeira)

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Tudo não passou de promessas, servidores sem abono prometem dar "resposta nas urnas"

A negativa da Prefeitura de Santo André em conceder abono salarial em 2011 aos servidores do município não foi bem digerida pela categoria. De acordo com o comando do Sindserv (Sindicato dos Servidores) andreense, tem sido constante o contato de funcionários públicos do município com o sindicato cobrando o pagamento do benefício. Em resposta à prefeitura, os funcionários públicos prometem se unir e rebater a medida durante as próximas eleições municipais, o que os servidores chamaram de “respostas nas urnas”.

Tudo não passa de promessas
 

Até a última sessão do ano no Legislativo, na semana passada, havia a expectativa de que um projeto de lei entrasse em pauta na Casa visando a concessão do abono. Entretanto, o texto não foi enviado à Casa, frustrando a categoria. “Está uma loucura a situação no sindicato. Tem servidor ligando a todo o momento para cobrar o abono e se queixando do que aconteceu, até por que o prefeito falou pela imprensa que poderia incluí-lo na pauta da Câmara no final do ano”, questionou Fátima Carvalho, presidente do Sindserv.
A justificativa do município para a negativa ao abono vai de encontro com o reajuste salarial dado à categoria em 2011. Em maio, os vereadores aprovaram reajuste de 14%, divididos em duas parcelas (8% retroativos a abril e 6% em dezembro). “Em toda negociação salarial, o que o sindicato mais briga em ter é um percentual de aumento, porque isso se perpetua no salário do servidor. Até entendo o posicionamento deles, mas o governo teve que optar e foi escolhido um ganho permanente”, explicou Arnaldo Augusto Pereira, secretário de Orçamento e Planejamento andreense.

E agora prefeito, qual será a próxima farça?
 

Entretanto, a explicação foi vista pelo sindicato como uma medida paliativa do governo. A direção da entidade cita um acordo que teria sido firmado entre as partes durante as eleições municipais de 2008. “(A justificativa) é desrespeitosa. O prefeito foi eleito porque fez um jornal durante a campanha eleitoral de 2008 dizendo que reporia a perda salarial da categoria e apresentaria um plano de cargos e carreira. Esses 14% que eles citam não chegam nem perto da nossa defasagem”, argumenta Fátima.
Segundo a categoria, o índice de perda salarial hoje atinge cerca de 50% em relação aos salários dos servidores. Caso a Administração volte atrás na negativa ao abono, será necessária a convocação de nova sessão, “levantando” o recesso parlamentar. Neste ano, o pedido da categoria era abono de R$ 1,5 mil. Em 2010, os servidores de Santo André tiveram abono de R$ 400, enquanto em 2009 o benefício depositado foi de R$ 500, além de outros R$ 935 incluídos nas negociações de reajuste, à época. No último ano do governo João Avamileno, antecessor de Aidan Ravin no comando do Executivo, o valor pago foi de R$ 700.
 

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